segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"Macaco vê, macaco faz”



Boa noite minha gente,

Ontem foi niver da minha irmãzinha caçula Janaina, estava comentando com ela sobre como fui dura com as duas (ela e Sheila) quando eram crianças, eu era uma sargentona: Não pode ir pra rua, não pode gritar, não pode correr, não pode brigar, não pode fazer isso, não pode aquilo, não pode, não pode, não pode... E as regras? Arrumar o quarto, lavar a louça, tirar o lixo, varrer a casa... Nooossa, não sei com elas me aguentaram?!

Desde muito nova eu me sentia responsável pela casa, pelas minhas irmãs... Ajudava a minha mãe com essas coisas e talvez eu tenha sido sim um tanto dura com elas, também, elas tem idade muito próximas e brigaaavam que era uma beleza!!! Então, sempre precisava coloca-las de castigo!!! Meninas desculpem ai tá? Kkkk

Bom, mas porque esse papo todo sobre algo remoto? Por que hoje quero falar sobre formação de caráter, não sou psicóloga, com isso peço a ajuda da minha amiga Aline, mas trouxe um texto que gostei muito sobre esse assunto.

O caráter não é formado por ações isoladas, mas por hábitos. Caráter, portanto, é um conjunto de hábitos, quer positivos ou negativos.

O que seria, então, hábito? Hábito é um modo de pensar, sentir ou reagir aprendido pela repetição. Qualquer ato repetido torna-se um hábito que juntamente com os pensamentos e sentimentos que o acompanham, forma o caráter. Portanto, a repetição forma o hábito que, por sua vez, forma o caráter.

Durante o primeiro ano de vida, o ser humano aprende 50% de tudo que virá a aprender na vida e, no segundo ano, aprende mais 25%. Ou seja, nos dois primeiros anos de vida, o ser humano aprende 75% de tudo que um dia virá a aprender. Obviamente, parte desse aprendizado envolve aspectos motores e físicos como sentar, andar, mastigar, falar, etc., mas também aspectos de ordem emocional, intelectual e espiritual. Assim, ao terceiro ano de vida, grande parte do caráter já está formado e aos sete anos está concluído.

Nessa fase inicial de desenvolvimento de grande parte do caráter, hábitos são formados, que, por sua vez, formarão o caráter do futuro adulto. Tais hábitos são aprendidos através do que alguns educadores costumam chamar de princípio “macaco vê, macaco faz”.

Princípio "macaco vê, macaco faz”.

Em geral, uma das principais atrações de um zoológico são os macacos. Eles são muito engraçados e as crianças se divertem com eles. Os macacos geralmente gostam de imitar os espectadores. Se há alguém comendo, eles querem comer. Se uma criança começa a pular, lá começam eles a pular também. Se alguém grita, os macacos fazem o mesmo. Eles gostam de brincar de imitar e por isso são tão divertidos! Os macacos não imitam apenas humanos, mas também uns aos outros. Ao observar e imitar os macacos mais velhos, os mais jovens aprendem o que comer, onde buscar alimento, a respeitar a hierarquia do grupo, quando ser dominante, quando ser submisso e assim por diante. Os macacos, porém, não são os únicos que aprendem através da observação e imitação. As crianças também fazem o mesmo! Ao observar e imitar repetidas vezes atitudes e reações dos que as circundam, hábitos são formados. As reações observadas no primeiro ano nem sempre se refletem imediatamente, mas provavelmente serão reproduzidas no segundo e terceiro ano de vida. Esse princípio nos leva a uma pergunta de extrema importância:

O que os nossos filhos estão observando? 

O que nossos filhos estão observando diariamente no ambiente familiar, no ambiente escolar, incluindo o que assistem na televisão e as músicas que ouvem? Nessa fase tão importante, a criança ainda não possui um "filtro" para ajudá-la a discernir entre o certo e o errado, pois ainda está aprendendo o que é bom e o que é ruim. Ao assistir um desenho violento, por exemplo, ela ainda não entende completamente que aquilo é errado e que não deve ser imitado. Assim, nós pais temos a responsabilidade de ser o "filtro" de nossos filhos e oferecer o que há de melhor para que, através da observação, eles venham a imitar o que é bom.

Deus, que é infinito em sabedoria, há muito tempo já nos ensinou esse princípio através das palavras inspiradas do sábio rei Salomão, registradas na Bíblia: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22:6).

Formando hábitos positivos

Hábitos positivos formam um caráter positivo, o que deve ser o objetivo da educação de todos. Entre os vários atributos que compõem um caráter positivo, destaco aqui apenas seis:

Amor e carinho: Sem dúvida, todo pai deseja que seu filho seja amoroso e carinhoso, afinal, esses são atributos importantes para um caráter positivo. A fim de desenvolver tais características na mente em formação de nossos filhos, é essencial considerar alguns aspectos do ambiente familiar: O que a criança tem observado no relacionamento dos pais? Como é o relacionamento entre os membros da família? Há brigas, xingamentos, reprovações e agressividade? Os pais costumam brigar na frente dos filhos? Demonstram irritação e impaciência com o choro da criança? Perdem a paciência e proferem palavras duras? A criança ouve os pais criticarem um ao outro na ausência de um deles? Ou há um ambiente amável, cortês e carinhoso no lar onde os pais são vistos se abraçando com frequência e trocando palavras de apreço? Para ensinar amor e carinho, é preciso oferecer um ambiente familiar amoroso e carinhoso.

Além do ambiente de amor e carinho, outra forma muito eficaz de conquistar o coração dos filhos é dedicar tempo para eles, especialmente para brincar. Brinquedos caros logo são esquecidos, mas a lembrança de ter a família unida para brincar é algo que não se esquece. Ao dedicar tempo para os filhos, transmitimos a mensagem de que os amamos e nos importamos com sua felicidade. Perder a paciência e ânimo depois de um dia estressante de trabalho é muito comum, mas não precisa ser assim, é necessário mantermos sempre um espírito calmo, paciente e amoroso mesmo em meio ao cansaço e às preocupações.

Confiança: Para termos filhos dignos de confiança, precisamos ser pais dignos de confiança. Como, porém, ensinar algo tão abstrato para alguém que ainda não compreende as palavras ou está começando a falar? Lições de confiança ou desconfiança são uma das primeiras lições aprendidas pela criança, mesmo sem entender palavras. A criança aprende a confiar nos pais quando eles atendem às suas necessidades prontamente. Como entender, então, o que a criança está precisando? Geralmente o fazemos excluindo possibilidades. Verificamos a fralda, tentamos dar comida, fazemos dormir, damos remédio para cólica e muitas vezes não temos sucesso. Acabamos dando comida quando o bebê está com sono, fazendo dormir quando o bebê quer brincar e assim por diante. Com isso, geramos um sentimento de frustração nos filhos, que se repetido, formará o hábito da desconfiança nos pais e insegurança, transmitindo-lhes a mensagem: "Meus pais não são capazes de oferecer o que eu preciso." Ao implantar e seguir uma rotina em casa, os pais têm mais facilidade de decifrar a necessidade da criança, ajudando-a a sentir-se segura e confiante. Assim, reflitamos: Há em nosso lar um horário determinado para as refeições? Para brincar em família? Para dormir? Para ler uma história? As crianças, especialmente os bebês, sentem-se seguras em um lar previsível. Gostam de seguir uma rotina, desenvolvendo assim o hábito de confiar nos pais. Ao seguir uma rotina, há maior rapidez em decifrar o motivo do choro do bebê, por exemplo, pois ao olhar no relógio é possível saber o provável motivo da irritação.

Além da rotina, crianças maiores, que já entendem palavras e se expressam verbalmente, aprendem a confiar e a serem dignas de confiança quando os pais cumprem o que prometem e procuram sempre falar a verdade. Em um relacionamento digno de confiança entre pais e filhos não cabe, por exemplo, ameaças por parte dos pais de que a polícia, o "homem do saco" ou o "bicho papão" aparecerão se fizerem algo errado. Ao cumprirmos promessas feitas e falarmos sempre a verdade, nossos filhos aprendem que podem confiar em nós e pelo nosso exemplo se tornam pessoas dignas de confiança.

Respeito: Como é a disciplina no lar? Os pais são autoritários demais reprovando, muitas vezes com agressividade, tudo que a criança faz? Exigem obediência pela força? Ou são complacentes demais, deixando a criança fazer tudo que quer sem restrição? O "não" que dizem significa "não" mesmo ou muitas vezes voltam atrás na ordem dada? Para ensinar respeito à autoridade dos pais e mais velhos, é preciso haver uma disciplina equilibrada. Quando os pais são autoritários demais a criança inconscientemente entende que não é amada. Por outro lado, quando são liberais demais, a criança entende que ninguém se importa com o que faz. Quando o "não" ou o "sim" dos pais não se cumprem, a criança entende que a palavra dos pais não tem valor, o que é muito grave. Tais mensagens inconscientes aprendidas através da repetição de uma disciplina desequilibrada acabarão formando o hábito do desrespeito pela autoridade por parte do futuro adulto.

Cooperação: Ensinar a criança a cooperar nos deveres domésticos é ensiná-la a ser responsável e útil para a sociedade. Ao permitir que o filho participe das tarefas domésticas o ensinamos a gostar de ajudar e trabalhar em equipe. As crianças naturalmente têm desejo de imitar o que os pais fazem em casa. Querem lavar a louça, varrer o chão, lavar o carro e assim por diante, mas os pais em geral não gostam que os filhos participem dessas atividades, pois sentem que se fizerem sozinhos concluirão a tarefa mais rápido. A tarefa poderá ser concluída mais rápido, mas perderemos uma oportunidade de ouro de ensinar preciosas lições de cooperação e utilidade. Permitamos que eles nos ajudem, mesmo que levemos mais tempo do que o previsto. Selecionemos atividades adequadas para cada faixa etária e ensinemos os nossos filhos a ter prazer em ajudar. Ajudar nas tarefas domésticas não é o mesmo que trabalho infantil. Ao cooperar em casa, os filhos aprendem que a família é uma equipe que precisa trabalhar em união.

Zelo pela saúde: Zelar pela saúde é um atributo de caráter muito importante. Em geral, os filhos aprendem a gostar e apreciar aquilo que os pais gostam de comer. A reação deles diante de um novo alimento reflete na grande maioria das vezes a reação que observam nos pais. Filhos pequenos não estão preparados para escolher o que comer, pois ainda não sabem o que é melhor para eles. O "filtro" ainda não está formado para saber o que selecionar e o que rejeitar. Não é preciso ser especialista na área para saber o que é bom ou ruim para a saúde. No fundo, nós adultos sabemos que alimentos enlatados, embalados, artificias, gordurosos e açucarados não fazem bem para a saúde. É tarefa dos pais selecionar o que há de melhor para a saúde dos filhos e ajudá-los a gostar através de seu exemplo. Se os pais não desenvolveram o hábito de zelar pela saúde, nunca é tarde para mudar afim de não correr o risco de desenvolver nos filhos esse mau hábito. 

Amor a Deus: Sem Deus, nossos esforços para educar nossos filhos no caminho correto não serão bem-sucedidos. É Ele que nos ajuda, que nos orienta e promove a harmonia no lar. Com Ele ao nosso lado, é possível desenvolver hábitos positivos em nossos filhos, pois Ele é o único capaz de transformar o coração. Como ensinar, então, nossos filhos a amar a Deus? Não basta professarmos amor a Deus, precisamos demonstrar isso através de nosso exemplo. Reflitamos: Há o costume em nosso lar de agradecer a Deus pelo alimento, pela proteção e outras bênçãos recebidas? Temos nos esforçado por ensinar nossos filhos através de nosso exemplo a buscar a Deus em oração e entregar-Lhe todos os pesares, dificuldades e tristezas? 

Por Karina Carnassale Deana



Então minha gente, é isso, apesar de reconhecer que posso ter pego pesado algumas vezes com minhas irmãs, eu me sinto feliz em ver que elas se tornaram boas pessoas e principalmente boas mães. Acredito que quem ama, educa, e que educar não é passar a mão pela cabeça, é arregaçar as mangas da camisa e trabalhar duro e continuamente na formação de novos cidadãos. 

Mais uma vez quero dizer: Te amo irmã!!!



Feliz Aniversário!!!!

 Bjs

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